domingo, 12 de abril de 2009

Das tintas dos meus dias.

  O Abraço, Gustav Klimt, 1909
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"À medida que o tempo passa, a tinta velha em uma tela muitas vezes se torna transparente. Quando isso acontece, é possível ver, em alguns quadros, as linhas originais: através de um vestido de mulher surge uma árvore, uma criança dá lugar a um cachorro e um grande barco não está mais em mar aberto. Isso se chama Pentimento, porque o pintor se arrependeu, mudou de idéia. Talvez se pudesse dizer que a antiga concepção, substituída por uma imagem anterior, é a forma de ver, e ver de novo, mais tarde."

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Liliam Hellman.
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Seria bom começar racionalizando, sem a preocupação de que um roupante de sensibilidade comprometa irremediavelmente o que fora traçado. Erros talvez não pesassem tanto. Equívocos seriam seguidos por sorrisos. Enigmas ganhariam cifras e as caixas de pandora seriam apenas souvenirs. Corria-se até o risco de finalmente concluir a pintura inacabada que se é.

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