domingo, 31 de maio de 2015

"As coisas das quais facilmente nos lembramos quando são reais, também as lembraremos sem dificuldade quando fictícias..."

Série 'Luna Vedoma', Mario Giacomelli, 1986-96
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"Sim, se, graças ao esquecimento, não pôde estabelecer nenhum laço, tecer malha alguma entre si e o momento presente, se ficou em seu lugar, em seu tempo, se conservou sua distancia, seu isolamento no côncavo de um vale ou no cimo de uma montanha, a recordação faz-nos respirar de repente um ar novo, precisamente por ser um ar outrora respirado, o ar mais puro que os poetas tentaram em vão fazer reinar no Paraíso, e que não determinaria essa sensação profunda de renovação se já não houvesse sido respirado, pois os verdadeiros paraísos são os que perdemos."
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Marcel Proust, in: O Tempo Redescoberto.
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domingo, 24 de maio de 2015

sábado, 23 de maio de 2015

Correspondências: Mécia e Jorge de Sena.

The Cathedral, Auguste Rodin, 1908
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Lx., 10/03/1949
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Minha muito querida Mécia,
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Escrever-me-ás, como eu agora te escrevo; mas o que dizemos já não tem nem precisa de resposta. Sem ti, sabes como fico, como não sei viver, mesmo para as mínimas coisas, que todas vêm de ti, são por ti ou para ti. Saudades, sinto-as outra vez, e não são já iguais às que sentia dantes: tu me faltas, és parte de mim, que sempre o foi mas não como agora. Muitos beijos, muitos, demorados e longos do teu,
................................................................................................................ Jorge.
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Mécia de Sena/Jorge de Sena, in: Isto Tudo que Nos Rodeia (Cartas de Amor).
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Jorge e Mécia, conheceram-se em 1940 e tiveram nove filhos. Desde o falecimento do escritor, em 04 de junho de 1978, passou a cuidar incansavelmente de seu legado literário e intelectual, tendo publicado, até então, cerca de 40 volumes, entre inéditos e reedições. D. Mécia, está com 95 anos, reside em Santa Bárbara, Califórnia, na mesma casa onde viveu com Jorge de Sena, a partir de 1970, após o período de exílio no Brasil.
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domingo, 17 de maio de 2015

Música para curar a alma: Kirsten Flagstad


O Divine Redeemer, de Charles Gounod, 1893

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a gravação de Flagstad é sublime, mas vale mencionar a interpretação
ao vivo - e impecável - da mezzo-soprano Elina Garanca.
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