quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"Piés para qué los quiero..."

Butterflies, Odilon Redon, 1910
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A maior riqueza do homem é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou – eu não aceito.
Não aguento ser apenas um sujeito que abre
portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora,
que aponta lápis, que vê a uva, etc. etc.
Perdoai.
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
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Manoel de Barros, in: Compêndio para Uso dos Pássaros.
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