"Nós estamos no mundo em que chamamos "Mundo audiovisual". Nós estamos efetivamente repetindo a situação das pessoas aprisionadas ou atadas na Caverna de Platão. Olhando em frente, vendo sombras, e acreditando que essas sombras são realidade. Foi preciso passar todos esses séculos para que a Caverna de Platão aparecesse finalmente no momento da história da humanidade, que é hoje. E vai ser, e vai ser cada vez mais...
Vivemos todos numa espécie de Luna Park audio-visual. Onde os sons se multiplicam, onde as imagens se multiplicam e onde nós, creio eu que isso vai acontecer, vamos cada vez mais nos sentir perdidos. Perdidos, em primeiro lugar, de nós próprios. E em segundo lugar, perdidos na relação com o mundo. Acabamos por circular por aí sem saber muito bem o que somos, nem para que servimos, nem que sentido tem a existência."
José Saramago, fragmento do depoimento no documentário, "Janela da Alma", de João Jardim e Walter Carvalho, 2002.
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Vivemos todos numa espécie de Luna Park audio-visual. Onde os sons se multiplicam, onde as imagens se multiplicam e onde nós, creio eu que isso vai acontecer, vamos cada vez mais nos sentir perdidos. Perdidos, em primeiro lugar, de nós próprios. E em segundo lugar, perdidos na relação com o mundo. Acabamos por circular por aí sem saber muito bem o que somos, nem para que servimos, nem que sentido tem a existência."
José Saramago, fragmento do depoimento no documentário, "Janela da Alma", de João Jardim e Walter Carvalho, 2002.
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