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Este tem sido um ano fértil para quem gosta de cinema. Depois da delícia que foi a mostra do Woody Allen no CCBB (com direito a catálogo com quase quinhentas páginas), é a vez de outro grande diretor ganhar retrospectiva.
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"David Lynch – O Lado Sombrio da Alma", entra em cartaz amanhã no espaço Caixa Cultural desnudando sua obra enigmática e surreal. Serão exibidos 40 filmes que compreendem longas, curtas, filmes que produziu, outros em que apenas atuou, documentários, obras que inspiraram o diretor, séries e comerciais para tevê. Com exceção dos longas-metragens, grande parte do material é inédito, inclusive em DVD.
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Destacam-se na programação os filmes "Coração Selvagem", "Império dos Sonhos", "Eraserhead", "O Homem Elefante" e "Cidade dos Sonhos".
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.Mostra "David Lynch – O Lado Sombrio da Alma"
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.Mostra "David Lynch – O Lado Sombrio da Alma"
Espaço Caixa Cultural
Av. Almirante Barroso, 25, Centro
De 08 a 20 de dezembro de 2009
Sessões a partir das 17h, de terça-feira à domingo
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Pierre Verger já era um renomado fotógrafo quando chegou ao Brasil em meados de 1947 e passou seis meses em Pernambuco. Ficou encantado com a arte intuitiva feita do barro e exposta nas feiras e ruas estreitas de Caruaru. Dentre tantos artesãos que viviam da informalidade na época, um chamou-lhe atenção, Vitalino Pereira dos Santos.
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Pierre Verger já era um renomado fotógrafo quando chegou ao Brasil em meados de 1947 e passou seis meses em Pernambuco. Ficou encantado com a arte intuitiva feita do barro e exposta nas feiras e ruas estreitas de Caruaru. Dentre tantos artesãos que viviam da informalidade na época, um chamou-lhe atenção, Vitalino Pereira dos Santos.
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Vitalino fez com o barro o que os contadores de estórias interioranos fazem em seus causos e anedotas, moldou na argila cenas cotidianas e ícones do imaginário nordestino. Carros de boi, vacas, cangaceiros, as danças... ganharam formas delicadas contrastando com a origem rudimentar da matéria-prima e a rudeza das mãos e da vida no sertão.
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O senso estético do fotógrafo francês identificou o artista antes que ele ganhasse o status de Mestre anos depois. Este olhar preconizador e a obra do artesão, se fundem na exposição "Arte do Barro e o Olhar da Arte – Vitalino e Verger", que conta com 81 fotografias e 81 esculturas.
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Exposição "Arte do Barro e o Olhar da Arte - Vitalino e Verger"
Museu Casa do PontalEstrada do Pontal, 3295, Recreio dos Bandeirantes
Ter à dom das 9h30 às 17h.
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Ter à dom das 9h30 às 17h.
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"...é difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, severina;
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva.
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina."
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João Cabral de Melo Neto, in: Morte e Vida Severina.
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João Cabral de Melo Neto, in: Morte e Vida Severina.
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