quarta-feira, 9 de outubro de 2013

"... Acho que aprendi a dar vazão às coisas e apaziguar tempestades..."

Papa Chrysanthemum at the New Circus, Henri de Tolouse-Lautrec, 1894
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De tudo o que olho e vejo uma parte vira letra
Mesmo que eu não insista. O treino dos olhos e da pele 
Ou os poros que foram se abrindo
Pela ação das enchentes internas e alagamento das vias,
Ou ainda pelas mãos em palmas sinceras
As coisas se significam em letras novas quando
Pelo filtro do meu corpo incendeiam.
Mesmo que eu não.
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Não há nada mais possível, nada mais corado,
Nada tão mais evidente e espalmado
Do que os rios de vida quando tornados signos abertos.
Acho que aprendi a dar vazão às coisas
E apaziguar tempestades.
Aprendi a conter e a derramar. Acho que aprendi a amar.
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Viviane Mosé.
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