domingo, 12 de agosto de 2012

"o olhar distrai-se do significado que o gesto constrói..."

 Labyrinth, Saul Steinberg, 1960
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Jamais saberei
o que A. pensava de mim.
Se B. acabou por me perdoar.
Por que razão fingia C. que tudo estava bem.
Qual a quota-parte de D. no silêncio de E.
O que esperava F. se acaso algo esperava.
Por que fingia G. sabendo de tudo.
O que tinha H. a esconder.
O que queria I. acrescentar.
Se o fato de eu estar por perto,
teve algum significado
para J. e K. e para o resto do alfabeto.
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Wisława Szymborska.
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