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Dividida em sete módulos dispostos em ordem cronológica, a exposição "Anita Malfatti - 120 anos de nascimento", ocupa todo o primeiro andar do Centro Cultural Banco do Brasil até o final de setembro.
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Gosto muitíssimo de alguns de seus quadros, mas não consigo abandonar a sensação de que me soam muito referenciais. A artista flertou com o expressionismo (fase que mais me agrada), o cubismo, o impressionismo naturalista, a arte naïf e o academicismo. Diversidade de estilos à parte, Anita Malfatti é sem dúvida uma pintora de excepcionais recursos, que parecia interrogar-se permanentemente. Assistir a exposição é uma grande pedida.
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Gosto muitíssimo de alguns de seus quadros, mas não consigo abandonar a sensação de que me soam muito referenciais. A artista flertou com o expressionismo (fase que mais me agrada), o cubismo, o impressionismo naturalista, a arte naïf e o academicismo. Diversidade de estilos à parte, Anita Malfatti é sem dúvida uma pintora de excepcionais recursos, que parecia interrogar-se permanentemente. Assistir a exposição é uma grande pedida.
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Exposição "Anita Malfatti - 120 anos de nascimento"
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Primeiro de Março, 66, Centro (Salas A à F, primeiro andar)
Ter à Dom, das 10h às 21h
De 01 de agosto à 26 de setembro de 2010
Entrada Franca
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A Estudante Russa, 1915
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Eu tenho a alma errante
e vago na terra a sonhar maravilhas...
Não para um momento!
Eu busco irriquieto o meu sonho inconstante
e sou como as asas, as velas, as quilhas,
as nuvens, o vento...
Eu sou como as coisas inquietas: o veio
que canta na leira; a fumaça que voa
na espira que sobe das achas; o anseio
dos longos coqueiros esguios;
a esteira de prata que deixa uma proa
no espelho dos rios.
Eu tenho a alma errante...
Boêmio, o meu sonho procura a carícia
fugace, procura
a glória mendaz e preclara.
Sou como a veia fenícia
ao largo, uma vela distante...
Eu tenho a alma errante...
E sinto uma estranha delícia
em tudo que passa e não dura,
em tudo que foge e não pára...
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Menotti Del Picchia.
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e vago na terra a sonhar maravilhas...
Não para um momento!
Eu busco irriquieto o meu sonho inconstante
e sou como as asas, as velas, as quilhas,
as nuvens, o vento...
Eu sou como as coisas inquietas: o veio
que canta na leira; a fumaça que voa
na espira que sobe das achas; o anseio
dos longos coqueiros esguios;
a esteira de prata que deixa uma proa
no espelho dos rios.
Eu tenho a alma errante...
Boêmio, o meu sonho procura a carícia
fugace, procura
a glória mendaz e preclara.
Sou como a veia fenícia
ao largo, uma vela distante...
Eu tenho a alma errante...
E sinto uma estranha delícia
em tudo que passa e não dura,
em tudo que foge e não pára...
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Menotti Del Picchia.
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