domingo, 26 de setembro de 2010

Agenda: Hélio Oiticica, Festival de Cinema e Coleção Brasiliana Itaú.

Cópia Fiel, de Abbas Kiarostami, 2010
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Começou no último dia 23, mais um Festival de Cinema do Rio. O público cinéfilo, ávido pela já tradicional maratona anual, terá duas semanas para assistir os mais de 300 filmes, provenientes de 60 países e divididos em 18 mostras.
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Vale ressaltar que os passaportes esgotaram à dias, mas a organização do festival reserva 20% dos ingressos, para a venda direto nas bilheterias. Sabendo que dificilmente assistirei os mais de 50 filmes do ano passado, por critério, deixei de fora fitas que certamente entraram em circuito comercial, tais como "Você Vai Conhecer o Homem de Seus Sonhos" do Woody Allen, "Minhas Mães e Meu Pai", da Lisa Cholodenko e "A Suprema Felicidade", do Arnaldo Jabor. Pelo tal critério, outros filmes ficariam de fora, mas sinceramente, tem como esperar para assistir "Cópia Fiel" do Abbas Kiarostami?!
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Meu passaporte dá direito à 20 filmes, eis os escolhidos:
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"Cópia Fiel", de Abbas Kiarostami
"O Último Sonho de Pina Bausch", de Anne Linsel e Rainner Hoffman
"Film Socialisme", de Jean-Luc Godard
"A Solidão dos Números Primos", de Saverio Costanzo
"José e Pilar", de Miguel Gonçalvez Mendes
"Carancho", de Pablo Tapero
"Agreste", de Paula Gaitán
"A Invenção da Carne", de Santiago Loza
"Turnê", de Mathieu Amalric
"Rubber", de Quentin Dupieux
"Somewhere", de Sofia Coppola
"Nossa Vida Exposta", de Ondi Timoner
"Bebês", de Thomas Balmes
"Elvis e Madona", de Marcelo Laffitte
"Of Gods and Men", de Xavier Beauvois
"Essential Killing", de Jerzy Skolimowski
"Nostalgia da Luz", de Patrício Guzmán
"Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas", de Apichatpong Weerasethakul
"Líbano", de Samuel Maoz
"Route Irish", de Ken Loach
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Aqui os que tentarei assistir "na marra", visto que incursões à bilheterias em época de festival são bem insanas.
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"Trabalho Clandestino", de Jerzy Skolimowski
"Quatro Noites Com Anna", de Jerzy Skolimowski
"Esther", de Amos Gitai
"Jean-Michel Basquiat: A Criança Radiante", de Tamra Davis
"The Cove", de Louie Psihoyos
"Os Lábios", de Santiago Loza
"Louise Bourgeois: a aranha, a amante e a tangerina", de Marion Cajori
"O Universo de Keith Haring", de Christina Clausen
"A Woman", a Gun and a Noodle Shop, de Zhang Yimou
"Carlos", de Olivier Assays
"Ano Bissexto", de Michel Rowe
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Ficou muita coisa de fora, mais a lista serve como referência bem intencionada. De qualquer forma, ao fim da maratona, retorno para uma retrospectiva do melhor e do pior.
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Bom festival para quem for de cinema!
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Lista completa dos filmes, locais de exibição e horários, no site do evento.
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La Siesta, Johann Moritz Rugendas, 1850

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Parte do acervo Itaú Cultural compõe a "Exposição Coleção Brasiliana Itaú", em cartaz no Museu Nacional de Belas Artes.
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A exposição é composta por trezentos itens, muitos deles inéditos (o acervo completo reúne mais de dois mil títulos e cinco mil iconografias). Destaque para peças de Jean-Baptiste Debret, Frans Post, Arnaud Julien Pallière, Albert Eckhout e Johann Moritz Rugendas. Ainda na mostra, estão expostas algumas obras-primas da literatura brasileira em suas primeiras edições. Dentre elas, "Memórias Postúmas
de Braz Cubas", ilustrado por Cândido Portinari e "O Alienista", de Machado de Assis.

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Exposição "Coleção Brasiliana Itaú" Museu Nacional de Belas Artes (MNBA). Av. Rio Branco, 199, Cinelândia. De ter à sex, das 10h às 18h. Sáb, dom e feriados, das 12h às 17h. De 17 de setembro à 21 de novembro. Ingresso: R$ 5,00. Entrada franca aos domingos.

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Parangolé P19, Capa 15, "Gileasa", vestido pelo próprio Hélio Oiticica, 1968
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Depois da tristeza de ver parte das obras de Hélio Oiticica destruídas pelo fogo e pelo descaso em outubro do ano passado, a cidade recebe a maior retrospectiva já realizada sobre o artista.
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A exposição "Hélio Oiticica – Museu é o Mundo", tem um caráter muito interessante, pois não se limita a um único espaço. A idéia é democratizar não só o trabalho do artista, mas a arte como um todo.
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A Casa França-Brasil e o Paço Imperial recebem parte da mostra, que possui cerca de 90 obras, além de fotografias, filmes e documentos. As instalações maiores ocupam espaços públicos na Praça XV, Praça do Lido, Aterro do Flamengo, Central do Brasil, Centro Cultural Cartola e Jardins do MAM.
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Relação dos trabalhos expostos:
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- Paço Imperial:

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▪ Os "metaesquemas"
▪ Os "relevos espaciais"
▪ Os penetráveis "PN1", "Macaléia", "Tropicália (PN2 "A Pureza é um mito" e PN3 "Imagético")
▪ "Bólides", "Parangolés", "Cosmococas"
▪ Documentos, como o "Manifesto Neoconcreto"
▪ Exibição dos filmes "PHOne", "Invenção da Cor" e trecho de "H.O Supra-sensorial: a obra de Hélio Oiticica"
▪ Seminário nos dias 27 e 28 de outubro
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Grande Núcleo, Hélio Oiticica, 1960

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- Casa França-Brasil:
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▪ Os penetráveis "Éden" e "Gal"
▪ O penetrável PN27 "Rijanviera"

▪ O parangolé "Capa Feita no Corpo"
▪ Exibição dos os filmes "Agripina é Roma Manhattan" e "Brasil Jorge"
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Praça XV:
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▪ "PN 16" ou "PN Nada"
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- Central do Brasil:

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▪ "Mesa de Bilhar – Apropriação d’après O Café Noturno de Van Gogh"
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- Praça do Lido

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▪ "Bólide Área Água"
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- Centro Cultural Cartola

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▪ O penetrável "PN28 – Nas quebradas"
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- Aterro do Flamengo

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▪ "A Invenção da luz"
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- Museu de Arte Moderna

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▪ O penetrável "PN14 – Map", instalado próximo à passarela de acesso
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Bólide Caixa 22, "Mergulho no Corpo", Hélio Oiticica, 1966-1967
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Exposição "Hélio Oiticica – Museu é o Mundo"

De 11 de setembro à 21 denovembro
Entrada franca
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Paço Imperial

Praça Quinze de Novembro, 48, Centro
De ter à dom, das 12h às 18h
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Casa França-Brasil
Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro
De terça a domingo, das 10h às 20h
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Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

Av Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo
De ter à sex, das 12h às 18h
Sáb, dom e feriados, das 12h às 19h

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"A obra nasce de apenas um toque na matéria. Quero que a matéria de que é feita a minha obra permaneça tal como é; o que a transforma em expressão é nada mais que um sopro: sopro interior, de plenitude cósmica. Fora disso não há obra. Basta um toque, mais nada."
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Hélio Oiticica.
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