Haven, Vladimir Kush, 2001
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Alguns leitores do blog indagaram-me sobre, digamos, um tom excessivamente melancólico nos textos.
Não teci grandes considerações, mas fui registrando os comentários e percebi que originam-se de um mesmo processo.
Simplificamos a observação do outro e seus aspectos multiplurais, pela correria diária e fundamentalmente, porque a abordagem do íntimo alheio esbarra na nossa.
Por um motivo ou por outro, nos acostumamos a olhares óbvios. Categorizações extremas.
Se é... bom ou mal / sincero ou mentiroso / responsável ou inconseqüente / bonito ou simplório / com ou sem silicone / feliz ou melancólico / polido ou extravagante / transparente ou dissimulado...
Antagonismos que subestimam a complexidade do que forma seres humanos cheios de dilemas e aspirações.
Esqueça os fusos, comprometa-se em enxergar através do outro aquilo que não compreende, o que te aflige, assombra, humaniza, encanta.
Saiba que eu, você, qualquer um, pode ser qualquer coisa, SOBRETUDO LIMITADOS. Com essa idéia em mente, praticamos o autoconhecimento, julgamos menos e "entendemos", mesmo quando tudo que se tem, é um enorme silêncio.
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"Que nada nos limite, que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa própria substância, já que viver é ser livre. Porque alguém disse e eu concordo que o tempo cura, que a mágoa passa, que decepção não mata, e que a vida sempre, sempre continua."
Não teci grandes considerações, mas fui registrando os comentários e percebi que originam-se de um mesmo processo.
Simplificamos a observação do outro e seus aspectos multiplurais, pela correria diária e fundamentalmente, porque a abordagem do íntimo alheio esbarra na nossa.
Por um motivo ou por outro, nos acostumamos a olhares óbvios. Categorizações extremas.
Se é... bom ou mal / sincero ou mentiroso / responsável ou inconseqüente / bonito ou simplório / com ou sem silicone / feliz ou melancólico / polido ou extravagante / transparente ou dissimulado...
Antagonismos que subestimam a complexidade do que forma seres humanos cheios de dilemas e aspirações.
Esqueça os fusos, comprometa-se em enxergar através do outro aquilo que não compreende, o que te aflige, assombra, humaniza, encanta.
Saiba que eu, você, qualquer um, pode ser qualquer coisa, SOBRETUDO LIMITADOS. Com essa idéia em mente, praticamos o autoconhecimento, julgamos menos e "entendemos", mesmo quando tudo que se tem, é um enorme silêncio.
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."Que nada nos limite, que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa própria substância, já que viver é ser livre. Porque alguém disse e eu concordo que o tempo cura, que a mágoa passa, que decepção não mata, e que a vida sempre, sempre continua."
Simone de Beauvoir.