sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Variações sobre um mesmo tema: pena capital

Caim e Abel, Tiziano Vecellio, 1542-1544
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E Caim matou Abel, e...

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O Massacre dos Inocentes, Peter Paul Rubens, 1636-1638
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Reprodução da passagem bíblica narrada no Evangelho de Matheus, em que o Rei Herodes, na intenção de ceifar a vida de Jesus Cristo recém-nascido, ordena o assassinato de todos os bebês do sexo masculino nascidos em Belém.
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A Execução de Lady Jane Grey, Paul Delaroche, 1833
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Prima em segundo grau do Rei Eduardo VI, Jane Grey não fazia parte da linha sucessória da monarquia inglesa e só foi proclamada Rainha, graças a uma estratégia que visava manter no poder alguém que fosse manipulável e que sobretudo, seguisse a doutrina protestante. Jane ocupou o posto por exatos nove dias, sendo destronada após um levante e executada como traidora. Tinha 16 anos de idade.
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O quadro de Delaroche chama a atenção pelas dimensões (mede 2.46 x 2.97), pela riqueza de detalhes e pela incrível palheta de cores.
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A Morte de Sócrates, Jacques Louis David, 1787
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Representação da morte do filósofo grego Sócrates, acusado de ateísmo e de corromper os jovens de Atenas. Foi condenado a morrer bebendo cicuta (planta tóxica). No quadro de Jacques David, Sócrates aponta para o céu numa espécie de afirmação de uma de suas maiores crenças, a imortalidade da alma.
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O Processo, Franz Kafka, 1925
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Imagine acordar numa manhã e ter sua liberdade cerceada sem motivo aparente. No romance de Franz Kafka, Josef K., é acusado por algo que nem mesmo sabe o que é. Quanto mais tenta entender o processo em que está envolvido, mais se depara com situações inverossímeis e absurdas. O livro, assim como a indefinição acerca da má condição de Josef, deixa margem à interpretações. Controle e alienação. Totalitarismo. Fábula metafísica existencialista. Sob um ponto de vista simplista, dizer-se-ia que Kafka fala basicamente sobre formas distintas de aniquilação.
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A Cruxificação de São Pedro, Caravaggio 1601
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A pintura retrata o martírio de São Pedro ao ser preso pelos romanos. O apóstolo pediu para que sua cruz fosse invertida, de modo a não imitar Jesus Cristo, sendo assim crucificado de cabeça para baixo.
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O Martírio de Joana D’arc, dir. Carl Theodor Dreyer, 1928
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Joana D’arc escutava vozes, fruto de esquizofrenia ou santidade, que a incitavam a lutar contra a ocupação de seu país pelos ingleses. Acusada de heresia, foi martirizada e queimada viva pela Santa, Santíssima Inquisição...
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O diretor dinamarquês Carl Theodor Dreyer, imortalizou sua história em filme de 1928. O Martírio de Joana D’arc conta ao meu ver, com uma das mais espetaculares atuações femininas da história do cinema. Sem emitir um som sequer, Maria Falconetti atinge a epifania no ofício de atuar. Em seu semblante resignado, vê-se a própria Joana D'arc.
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A versão integral do filme pode ser assistida no You Tube.
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"O filho de José e Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo do sangue de sua mãe, viscoso das suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo..."
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José Saramago, in: O Evangelho Segundo Jesus Cristo.
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