terça-feira, 28 de setembro de 2010

Agenda (upgrade): Exposição Keith Haring

Keith Haring, © foto de Charles Dolfi-Michels, 1986
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Depois de uma bem sucedida temporada em São Paulo, começou hoje no espaço Caixa Cultural, a exposição "Keith Haring – Selected Works". Haring é um legítimo representante da cultura underground de Nova York da década de 80, formada por uma comunidade artística que se desenvolveu fora do circuito formal de galerias e museus, e que se expressava nas ruas, metrôs e espaços alternativos da cidade.
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O estilo que declarava a independência do artista e de sua arte de forma transgressora e verdadeiramente pública, foi batizado depois de Pop Art. Andy Warhol foi seu maior representante e de fato inspirou Keith Haring e outros contemporâneos seus, como Jean-Michel Basquiat e William Burroughs.
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Seu traço figurativo de linhas rítmicas, deu forma aos famosos personagens multicoloridos e sem feições, que se multiplicam nas 94 obras da retrospectiva no Rio. São ao todo 55 serigrafias, 29 litografias, 9 gravuras e uma xilografia. A exposição conta também com artigos pessoais, fotografias, vídeos e a exibição do documentário "Drawing The Line", dirigido por Elisabeth Aubert.
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Exposição "Keith Haring: Selected Works"
Espaço Caixa Cultural
Av. Almirante Barroso, 25, Centro
De ter à sáb, das 10h às 22h; domingo, das 10h às 21h
De 28 de setembro à 28 de novembro
Entrada franca
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Three lithographs, 1985
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Stones III, 1989
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Fight Aids Worldwide, 1990
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International Volunteer Day, 1988
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Pop Shop Quad I, 1987
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Pop Shop Quad II, 1988
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Pop Shop Quad III, 1989
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Pop Shop Quad IV, 1989
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Pop Shop Quad V, 1989
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Pop Shop Quad VI, 1989
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Girl With Cigarette, 1988
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Untitled, 1986
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Knokke, 1987
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Ignorance = Fear, 1989
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domingo, 26 de setembro de 2010

Agenda: Hélio Oiticica, Festival de Cinema e Coleção Brasiliana Itaú.

Cópia Fiel, de Abbas Kiarostami, 2010
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Começou no último dia 23, mais um Festival de Cinema do Rio. O público cinéfilo, ávido pela já tradicional maratona anual, terá duas semanas para assistir os mais de 300 filmes, provenientes de 60 países e divididos em 18 mostras.
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Vale ressaltar que os passaportes esgotaram à dias, mas a organização do festival reserva 20% dos ingressos, para a venda direto nas bilheterias. Sabendo que dificilmente assistirei os mais de 50 filmes do ano passado, por critério, deixei de fora fitas que certamente entraram em circuito comercial, tais como "Você Vai Conhecer o Homem de Seus Sonhos" do Woody Allen, "Minhas Mães e Meu Pai", da Lisa Cholodenko e "A Suprema Felicidade", do Arnaldo Jabor. Pelo tal critério, outros filmes ficariam de fora, mas sinceramente, tem como esperar para assistir "Cópia Fiel" do Abbas Kiarostami?!
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Meu passaporte dá direito à 20 filmes, eis os escolhidos:
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"Cópia Fiel", de Abbas Kiarostami
"O Último Sonho de Pina Bausch", de Anne Linsel e Rainner Hoffman
"Film Socialisme", de Jean-Luc Godard
"A Solidão dos Números Primos", de Saverio Costanzo
"José e Pilar", de Miguel Gonçalvez Mendes
"Carancho", de Pablo Tapero
"Agreste", de Paula Gaitán
"A Invenção da Carne", de Santiago Loza
"Turnê", de Mathieu Amalric
"Rubber", de Quentin Dupieux
"Somewhere", de Sofia Coppola
"Nossa Vida Exposta", de Ondi Timoner
"Bebês", de Thomas Balmes
"Elvis e Madona", de Marcelo Laffitte
"Of Gods and Men", de Xavier Beauvois
"Essential Killing", de Jerzy Skolimowski
"Nostalgia da Luz", de Patrício Guzmán
"Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas", de Apichatpong Weerasethakul
"Líbano", de Samuel Maoz
"Route Irish", de Ken Loach
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Aqui os que tentarei assistir "na marra", visto que incursões à bilheterias em época de festival são bem insanas.
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"Trabalho Clandestino", de Jerzy Skolimowski
"Quatro Noites Com Anna", de Jerzy Skolimowski
"Esther", de Amos Gitai
"Jean-Michel Basquiat: A Criança Radiante", de Tamra Davis
"The Cove", de Louie Psihoyos
"Os Lábios", de Santiago Loza
"Louise Bourgeois: a aranha, a amante e a tangerina", de Marion Cajori
"O Universo de Keith Haring", de Christina Clausen
"A Woman", a Gun and a Noodle Shop, de Zhang Yimou
"Carlos", de Olivier Assays
"Ano Bissexto", de Michel Rowe
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Ficou muita coisa de fora, mais a lista serve como referência bem intencionada. De qualquer forma, ao fim da maratona, retorno para uma retrospectiva do melhor e do pior.
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Bom festival para quem for de cinema!
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Lista completa dos filmes, locais de exibição e horários, no site do evento.
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La Siesta, Johann Moritz Rugendas, 1850

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Parte do acervo Itaú Cultural compõe a "Exposição Coleção Brasiliana Itaú", em cartaz no Museu Nacional de Belas Artes.
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A exposição é composta por trezentos itens, muitos deles inéditos (o acervo completo reúne mais de dois mil títulos e cinco mil iconografias). Destaque para peças de Jean-Baptiste Debret, Frans Post, Arnaud Julien Pallière, Albert Eckhout e Johann Moritz Rugendas. Ainda na mostra, estão expostas algumas obras-primas da literatura brasileira em suas primeiras edições. Dentre elas, "Memórias Postúmas
de Braz Cubas", ilustrado por Cândido Portinari e "O Alienista", de Machado de Assis.

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Exposição "Coleção Brasiliana Itaú" Museu Nacional de Belas Artes (MNBA). Av. Rio Branco, 199, Cinelândia. De ter à sex, das 10h às 18h. Sáb, dom e feriados, das 12h às 17h. De 17 de setembro à 21 de novembro. Ingresso: R$ 5,00. Entrada franca aos domingos.

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Parangolé P19, Capa 15, "Gileasa", vestido pelo próprio Hélio Oiticica, 1968
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Depois da tristeza de ver parte das obras de Hélio Oiticica destruídas pelo fogo e pelo descaso em outubro do ano passado, a cidade recebe a maior retrospectiva já realizada sobre o artista.
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A exposição "Hélio Oiticica – Museu é o Mundo", tem um caráter muito interessante, pois não se limita a um único espaço. A idéia é democratizar não só o trabalho do artista, mas a arte como um todo.
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A Casa França-Brasil e o Paço Imperial recebem parte da mostra, que possui cerca de 90 obras, além de fotografias, filmes e documentos. As instalações maiores ocupam espaços públicos na Praça XV, Praça do Lido, Aterro do Flamengo, Central do Brasil, Centro Cultural Cartola e Jardins do MAM.
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Relação dos trabalhos expostos:
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- Paço Imperial:

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▪ Os "metaesquemas"
▪ Os "relevos espaciais"
▪ Os penetráveis "PN1", "Macaléia", "Tropicália (PN2 "A Pureza é um mito" e PN3 "Imagético")
▪ "Bólides", "Parangolés", "Cosmococas"
▪ Documentos, como o "Manifesto Neoconcreto"
▪ Exibição dos filmes "PHOne", "Invenção da Cor" e trecho de "H.O Supra-sensorial: a obra de Hélio Oiticica"
▪ Seminário nos dias 27 e 28 de outubro
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Grande Núcleo, Hélio Oiticica, 1960

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- Casa França-Brasil:
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▪ Os penetráveis "Éden" e "Gal"
▪ O penetrável PN27 "Rijanviera"

▪ O parangolé "Capa Feita no Corpo"
▪ Exibição dos os filmes "Agripina é Roma Manhattan" e "Brasil Jorge"
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Praça XV:
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▪ "PN 16" ou "PN Nada"
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- Central do Brasil:

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▪ "Mesa de Bilhar – Apropriação d’après O Café Noturno de Van Gogh"
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- Praça do Lido

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▪ "Bólide Área Água"
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- Centro Cultural Cartola

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▪ O penetrável "PN28 – Nas quebradas"
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- Aterro do Flamengo

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▪ "A Invenção da luz"
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- Museu de Arte Moderna

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▪ O penetrável "PN14 – Map", instalado próximo à passarela de acesso
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Bólide Caixa 22, "Mergulho no Corpo", Hélio Oiticica, 1966-1967
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Exposição "Hélio Oiticica – Museu é o Mundo"

De 11 de setembro à 21 denovembro
Entrada franca
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Paço Imperial

Praça Quinze de Novembro, 48, Centro
De ter à dom, das 12h às 18h
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Casa França-Brasil
Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro
De terça a domingo, das 10h às 20h
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Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

Av Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo
De ter à sex, das 12h às 18h
Sáb, dom e feriados, das 12h às 19h

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"A obra nasce de apenas um toque na matéria. Quero que a matéria de que é feita a minha obra permaneça tal como é; o que a transforma em expressão é nada mais que um sopro: sopro interior, de plenitude cósmica. Fora disso não há obra. Basta um toque, mais nada."
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Hélio Oiticica.
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Pensamento materializado: mestres da fotografia (5)

© Eddie Adams, Mother Teresa cradling an armless baby orphan at her order's orphanage in Calcutta, 1978.
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© Antoinette Frissell Bacon, Lady In The Water, 1947
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© Lukasz Warzecha, Island Kalymnos, s.d.
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.© Rui Palha, Untitled, 1999
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© Marc Riboud, Jan Rose Kasmir, 1967
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© Félix Nadar, Victor Hugo On His Death Bed, 1885.
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© Christophe Jacrot, Paris Sous La Pluie, 2007.
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© Bert Stern, Marilyn Monroe, 1962
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© Jean Dieuzaide, La Gitane, 1951.
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© Jerome Liebling, Butterfly Boy, 1949.
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© Jean Manzon, Colhedora de Cana-de-Açucar, 1950
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© Diane Arbus, A Child Crying, 1967.
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domingo, 19 de setembro de 2010

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Variações sobre um mesmo tema: pena capital

Caim e Abel, Tiziano Vecellio, 1542-1544
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E Caim matou Abel, e...

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O Massacre dos Inocentes, Peter Paul Rubens, 1636-1638
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Reprodução da passagem bíblica narrada no Evangelho de Matheus, em que o Rei Herodes, na intenção de ceifar a vida de Jesus Cristo recém-nascido, ordena o assassinato de todos os bebês do sexo masculino nascidos em Belém.
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A Execução de Lady Jane Grey, Paul Delaroche, 1833
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Prima em segundo grau do Rei Eduardo VI, Jane Grey não fazia parte da linha sucessória da monarquia inglesa e só foi proclamada Rainha, graças a uma estratégia que visava manter no poder alguém que fosse manipulável e que sobretudo, seguisse a doutrina protestante. Jane ocupou o posto por exatos nove dias, sendo destronada após um levante e executada como traidora. Tinha 16 anos de idade.
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O quadro de Delaroche chama a atenção pelas dimensões (mede 2.46 x 2.97), pela riqueza de detalhes e pela incrível palheta de cores.
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A Morte de Sócrates, Jacques Louis David, 1787
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Representação da morte do filósofo grego Sócrates, acusado de ateísmo e de corromper os jovens de Atenas. Foi condenado a morrer bebendo cicuta (planta tóxica). No quadro de Jacques David, Sócrates aponta para o céu numa espécie de afirmação de uma de suas maiores crenças, a imortalidade da alma.
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O Processo, Franz Kafka, 1925
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Imagine acordar numa manhã e ter sua liberdade cerceada sem motivo aparente. No romance de Franz Kafka, Josef K., é acusado por algo que nem mesmo sabe o que é. Quanto mais tenta entender o processo em que está envolvido, mais se depara com situações inverossímeis e absurdas. O livro, assim como a indefinição acerca da má condição de Josef, deixa margem à interpretações. Controle e alienação. Totalitarismo. Fábula metafísica existencialista. Sob um ponto de vista simplista, dizer-se-ia que Kafka fala basicamente sobre formas distintas de aniquilação.
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A Cruxificação de São Pedro, Caravaggio 1601
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A pintura retrata o martírio de São Pedro ao ser preso pelos romanos. O apóstolo pediu para que sua cruz fosse invertida, de modo a não imitar Jesus Cristo, sendo assim crucificado de cabeça para baixo.
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O Martírio de Joana D’arc, dir. Carl Theodor Dreyer, 1928
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Joana D’arc escutava vozes, fruto de esquizofrenia ou santidade, que a incitavam a lutar contra a ocupação de seu país pelos ingleses. Acusada de heresia, foi martirizada e queimada viva pela Santa, Santíssima Inquisição...
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O diretor dinamarquês Carl Theodor Dreyer, imortalizou sua história em filme de 1928. O Martírio de Joana D’arc conta ao meu ver, com uma das mais espetaculares atuações femininas da história do cinema. Sem emitir um som sequer, Maria Falconetti atinge a epifania no ofício de atuar. Em seu semblante resignado, vê-se a própria Joana D'arc.
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A versão integral do filme pode ser assistida no You Tube.
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"O filho de José e Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo do sangue de sua mãe, viscoso das suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo..."
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José Saramago, in: O Evangelho Segundo Jesus Cristo.
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domingo, 12 de setembro de 2010

Do que se pode dizer sem palavras.

Magnolia Blossom, Imogen Cunningham, 1925
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A carreira das flores apenas difere da nossa por ser inaudível. Quanto mais vou no meu caminho, mais respeito tenho por essas criaturas mudas com sentimentos de insegurança, e impulsos que talvez ultrapassem os meus...
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Emily Dickinson.
Trecho de carta escrita em abril de 1873, endereçada à
Louise e Frances Norcross, primas de Emily.
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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quantos rostos você tem?

Sleeping Muse, Constantin Brancusi, 1909-1910
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Já o disse? Aprendo a ver. Sim, estou a começar. Ainda é difícil. Mas pretendo aproveitar o meu tempo.
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Nunca tinha tomado consciência, por exemplo, da enorme quantidade de rostos que há. Existem numerosas pessoas, mas os rostos são ainda mais, pois cada um tem vários. Há pessoas que usam um rosto durante anos a fio e é claro que ele se gasta, se suja, se quebra nas rugas, se alarga como as luvas que foram usadas em viagem. São pessoas poupadas, simples; não o mudam, nem sequer o mandam limpar. Ainda está bom, afirmam, e quem lhes pode provar o contrário? Mas então pode naturalmente perguntar-se: uma vez que têm vários rostos, o que fazem com os outros? Guardam-nos. São para os filhos. Mas também acontece que os seus cães saem com eles. E porque não? Um rosto é um rosto.
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Outras pessoas colocam os seus rostos com uma rapidez incrível, um após outro, e gastam-nos. Primeiro parece-lhes que chegariam para sempre, mas, mal fazem quarenta anos, o que têm já é o último. Tudo isto tem, evidentemente, o seu lado trágico. Não estão habituados a poupar rostos, o último fica gasto ao fim de oito dias, tem buracos, em muitos pontos é fino como papel, e então vai aparecendo gradualmente o que está por baixo, o não rosto, e é com ele que andam.
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Rainer Maria Rilke, in: As Anotações de Malte Laurids Brigge.
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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Agenda: Raquel de Queiroz, Casa Cor, Maria Bethânia e as palavras.


Amália Rodrigues, Carta a Vitorino Nemésio, na voz de Maria Bethânia
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Num mundo de tanta correria, simplesmente parar e ouvir poesia é sensacional, quanto mais na voz de Maria Bethânia.
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A cantora faz curta temporada no Teatro Fashion Mall mesclando a leitura de poemas e textos de Guimarães Rosa, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Sophia de Mello Breyner, Ferreira Gullar, entre outros, com conhecidas canções brasileiras e portuguesas. Imperdível!
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Maria Bethânia e as palavras
Teatro Fashion Mall
Estrada da Gávea, 899, 2º Piso, São Conrado
Dias 03, 04, 05, 10,11 e 12 de Setembro
Sex e sáb, às 21h30; Dom às 20h
Ingressos: R$ 80,00 (sex e dom) e R$ 100,00 (sáb)
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O Cenário, Casa Cor 2010

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Para quem curte arquitetura, decoração e paisagismo, a pedida é a 20ª edição da Casa Cor. A sede deste ano é o Palacete Modesto Leal, construído em 1883, em Laranjeiras.
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Depois de percorrer os 61 ambientes da mostra, o visitante pode conferir os diversos espaços gastronômicos. Destaque para a cozinha gourmet do Restaurante de Pedro Paranaguá, onde às quartas-feiras, a partir das 20h30, responsáveis por grandes cozinhas cariocas, preparam um menu degustação para grupos de 40 pessoas. Quem abre a agenda dos chefs é José Hugo Celidônio, seguido de Flavia Quaresma, Pablo Vidal e Danio Braga.
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Casa Cor Rio 2010
Palacete Modesto Leal
Rua das Laranjeiras, 304, Laranjeiras
De 3 de setembro à 13 de outubro
Ter à sáb, das 12h às 22h; Dom, das 10h às 20h
Ingressos: R$ 30,00 (ter à sex)
R$ 35,00 (sáb, dom e feriados)
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Serviço de transfer gratuito
Rio Plaza Shopping à Casa Cor e vice-versa
Rua General Severiano, 97, Botafogo
Saídas do Rio Plaza: 13h30, 16h30 e 19h30
Saídas do Casa Cor: 15h30, 18h30 e 22h
Site oficial
Casa Cor 2010
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.Raquel de Queiroz, 1910-2003
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A Academia Brasileira de Letras homenageia o centenário de nascimento da escritora Raquel de Queiroz em exposição inédita. Dividida em seis módulos, a trajetória da escritora cearense é revista em textos, desenhos, pinturas, objetos pessoais, exibição de filmes e programas de tevê. Nunca é demais ressaltar que Raquel de Queiroz foi a primeira mulher a entrar para a Academia, em 1977.
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Exposição Rachel de Queiroz
Academia Brasileira de Letras
Av. Presidente Wilson, 203, 1º andar, Castelo
Seg à sex, das 9h às 18h
Até novembro
Entrada Gratuita

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(...) E assim, em vez da bela liberdade, da solidão e da música, a triste alma tem mesmo é que se debater nos cuidados, vigiar e amar, e acompanhar medrosa e impotente a loucura geral, o suicídio geral. E adular o público e os amigos e mentir sempre que for preciso e jamais se dedicar a si própria e aos seus desejos secretos.
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Prisão de sete portas, cada uma com sete fechaduras, trancadas com sete chaves, por que lutar contra as tuas grades?
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O único desabafo é descobrir o mísero coração dentro do peito, sacudi-lo um pouco e botar na boca toda a amargura do cativeiro sem remédio, antes de o apostrofar: Te dana, coração, te dana!
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Raquel de Queiroz, in: Um alpendre, uma rede, um açude: 100 crônicas escolhidas. Ed. Siciliano. São Paulo, 1993.
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domingo, 5 de setembro de 2010

A Exceção e a Regra.

Self-Portrait, Francis Bacon, 1971


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.Estranhem o que não for estranho.
Tomem por inexplicável o habitual.
Sintam-se perplexos ante o cotidiano.
Tratem de achar um remédio para o abuso.
Mas não se esqueçam
de que o abuso é sempre a regra.
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Bertolt Brecht..
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